Os polvos têm uma vida curta — geralmente de 1 a 3 anos. Após a reprodução, a fêmea deixa de se alimentar e morre enquanto guarda os seus ovos. Os machos também morrem logo após o acasalamento. Esta característica torna o seu ciclo de vida tragicamente curto, apesar da sua elevada inteligência.
Os polvos são capazes de resolver puzzles, abrir potes com tampa de rosca e até decorar percursos em labirintos. Em aquários, foram registados a escapar dos seus tanques à noite para “deambular” pelos recintos vizinhos ou roubar comida.
Algumas espécies, como a vespa-polvo (Abdopus aculeatus), utilizam cocos ou conchas como abrigos portáteis — um dos poucos exemplos de utilização de ferramentas entre os invertebrados. Montam essas “casas”, arrastam-nas e armazenam-nas para uso futuro.
Os polvos não têm esqueleto, o que lhes permite passar pelas fendas mais estreitas — por vezes, por buracos do tamanho de uma moeda. Isto torna-os extremamente difíceis de manter em cativeiro: encontram facilmente pontos fracos nos aquários e escapam.
Estudar os polvos ajuda os cientistas a compreender a evolução da inteligência e da consciência. O seu sistema nervoso evoluiu de forma completamente independente dos vertebrados, tornando-os “alienígenas na Terra”. Talvez o seu comportamento contenha a chave para a compreensão de formas alternativas de inteligência.
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