Os lobos estão entre os animais mais romantizados e, ao mesmo tempo, mais incompreendidos. A sua imagem cultural oscila entre a “fera sanguinária” e o “líder sábio de matilha”. Na realidade, os lobos são predadores sociais, cautelosos e extremamente importantes para o ecossistema.
Uma alcateia de lobos é uma família, não uma estrutura hierárquica com um “alfa” e um “ómega”, como há muito se acreditava. Na realidade, a alcateia é liderada pelos progenitores, e os restantes membros são seus descendentes de diferentes gerações. O termo “alfa” surgiu a partir de observações de lobos em cativeiro, onde indivíduos desconhecidos eram forçados a competir por estatuto.
Os lobos têm um sistema de comunicação complexo: sinais visuais, postura corporal, marcas de cheiro e, claro, uivos. O uivo é utilizado para reunir a matilha, marcar limites territoriais e fortalecer os laços sociais. Cada matilha tem o seu próprio “sotaque”.
Os lobos são caçadores resistentes. Podem correr até 70 km por dia em busca de presas e atingir velocidades de até 60 km/h em curtas distâncias. Caçam em equipas, utilizando táticas de “condução e condução” para esgotar as suas presas. Os animais doentes ou idosos são os mais frequentemente predados, o que fortalece as populações de ungulados.
Os lobos desempenham um papel fundamental na manutenção do equilíbrio do ecossistema. Por exemplo, após o regresso dos lobos ao Parque Nacional de Yellowstone (EUA) em 1995, ocorreram alterações em cascata: o número de veados diminuiu, as florestas recuperaram e os castores e as aves regressaram. Este fenómeno foi chamado de “cascata tropical”.
Publicidade