As abelhas têm uma excelente memória e navegação. Decoram a paisagem, usam o sol como bússola e podem até resolver problemas matemáticos simples. Estudos demonstraram que conseguem compreender o conceito de “zero” — uma raridade até entre os primatas.
Infelizmente, as abelhas estão ameaçadas. O fenómeno da “síndrome do colapso das colónias” — quando as abelhas operárias abandonam subitamente uma colmeia e não regressam — observa-se em todo o mundo. As causas incluem pesticidas (especialmente neonicotinoides), parasitas (varroa), alterações climáticas e perda de habitat.
As abelhas urbanas costumam sair-se melhor do que as rurais: os parques e jardins têm menos pesticidas e uma maior diversidade de plantas. Por isso, a apicultura urbana está a desenvolver-se em muitas cidades — estão instaladas colmeias nos telhados dos edifícios, o que beneficia tanto as abelhas como a ecologia da cidade.
As abelhas não picam sem motivo. Picar significa morte: o seu ferrão farpado permanece cravado na pele e, ao tentar voar, a abelha rasga-lhe o abdómen. Por isso, atacam apenas quando absolutamente ameaçadas.
Todos podem ajudar as abelhas: plantar plantas melíferas (lavanda, sálvia, trevo), evitar pesticidas, apoiar os apicultores locais e até criar “hotéis de abelhas” para espécies selvagens. Afinal, ao salvar as abelhas, salvamo-nos a nós próprios.
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