Dica do chef: não sobrecarregue a taça. Um bom ramen é equilibrado. Muitos acompanhamentos abafam o caldo. Os japoneses comem ramen rapidamente, antes de os noodles cozinharem demasiado, e até o sorvem em grandes goles — não é grosseiro, mas uma forma de arrefecer os noodles e infundi-los com ar, realçando o sabor. Fazer ramen autêntico em casa é desafiante, mas pode ser simplificado. Use caldo de alta qualidade (pode prepará-lo com antecedência e congelá-lo), massa instantânea pronta a usar e faça um cham (um ovo cozido marinado numa mistura de molho de soja, mirin e açúcar durante a noite).
Importante: os molhos e as pastas são adicionados ao caldo antes de servir, e não depois. Isto permite que os sabores se misturem. Por exemplo, a pasta de miso é diluída no caldo quente para evitar grumos e garantir uma consistência homogénea.
O ramen é uma comida de rua, mas hoje, em Tóquio e Osaka, existem restaurantes com estrelas Michelin especializados exclusivamente nele. Isto prova que até um simples prato pode tornar-se uma obra-prima culinária nas mãos de um mestre.
Fazer ramen mergulha-o no mundo da cozinha japonesa, onde a harmonia, a sazonalidade e o respeito pelo processo são essenciais. Não é apenas comida — é uma meditação numa tigela, onde cada gole conta uma história de paciência e habilidade.
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