O trabalhador de escritório médio passa em média 8 a 10 horas por dia sentado — em frente ao computador, em reuniões ou nos transportes públicos. Este estilo de vida, conhecido como “epidemia do sedentarismo”, tem consequências graves: obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, problemas de costas e até depressão.
A atividade física não é um luxo, mas sim uma necessidade médica. A Organização Mundial de Saúde recomenda que os adultos pratiquem pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada (como caminhada rápida) por semana e exercícios de fortalecimento muscular duas vezes por semana. Isto é especialmente importante para os trabalhadores de escritório.
Mesmo as pausas curtas para se mexer melhoram drasticamente o bem-estar. Caminhar 5 a 10 minutos a cada hora reduz os níveis de açúcar no sangue, melhora a circulação, alivia a tensão no pescoço e nas costas e aumenta a concentração e a produtividade. Muitas empresas já estão a implementar soluções “ativas”: mesas de pé, escadas em vez de elevadores, programas de fitness corporativo e ioga durante a hora de almoço. Pesquisas mostram que tais iniciativas reduzem os níveis de stress, diminuem as baixas médicas e aumentam a lealdade dos colaboradores.
Comece aos poucos. Não precisa de correr para o ginásio durante duas horas. Pode levantar-se e caminhar durante uma chamada, fazer exercícios de alongamento na sua secretária ou usar aplicações que o lembrem de se mexer. O segredo é desenvolver o hábito de interromper regularmente o tempo sentado.
Mariana Santos
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Os chefs profissionais sabem que a chave para um prato de sucesso é a preparação. O princípio da mise en place (“tudo no seu lugar”) significa que todos os ingredientes são picados, pesados e prontos a usar antes da preparação. Isto poupa tempo e evita erros.
O sal não é apenas um tempero, mas uma ferramenta. Os chefs salgam a água da massa “como o mar”, salgam a carne uma hora antes de fritar (para uma distribuição uniforme) e até salgam fruta (como o melão) para realçar a doçura.
Não lave os cogumelos em água. Absorvem humidade e ficam aguados. Em vez disso, limpe-os com uma escova húmida ou com papel de cozinha. Se os lavar, seque-os rápida e imediatamente.
Frite numa panela quente. Uma superfície fria faz com que o alimento “cozinhe” no seu próprio sumo. Quente – cria uma crosta (reação de Maillard), que retém a suculência e acrescenta sabor.
Deixe a carne repousar. Após grelhar, cubra a carne com papel de alumínio e deixe repousar durante 5 a 10 minutos. Isto permite que os sumos se distribuam uniformemente, caso contrário, vazarão ao fatiar.
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Os tacos são o coração da cozinha mexicana, um prato que une todo o país de norte a sul. São mais do que apenas uma tortilha com recheio, mas um fenómeno cultural que reflete a riqueza de ingredientes, a história e a criatividade dos chefs mexicanos.
A base de um taco é a tortilha. Os tacos autênticos são feitos com farinha de milho (masa), e não de trigo. As tortilhas de milho são macias, saborosas e fáceis de desfazer – são aquecidas numa comal (frigideira de ferro fundido) antes de servir.
O recheio pode ser qualquer coisa: carne asada (carne marinada), al pastor (espeto de porco com ananás), barbacoa (cordeiro assado), peixe (peixe frito) ou guacamole com queijo para vegetarianos. A frescura e o equilíbrio de sabores são essenciais.
Os molhos e os acompanhamentos desempenham um papel crucial. Ingredientes essenciais: cebola picada, coentros, limão e salsa (um molho picante feito com tomate, pimento e alho). A salsa pode ser verde (tomatillo), vermelha (chile de árbol) ou frutada (manga com habanero).
Uma dica dos cozinheiros de rua: sirva sempre os tacos quentes e um de cada vez. Os tacos são consumidos de imediato, antes de a tortilha arrefecer e endurecer. No México, raramente são servidos num prato — mais frequentemente embrulhados em papel ou diretamente na mão.
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A baguete francesa — uma crosta crocante e um miolo aerado que é uma verdadeira forma de arte
A baguete é um símbolo da França, classificada pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade. Mas por detrás da sua simplicidade (farinha, água, sal, fermento) reside um profundo conhecimento da panificação que exige precisão, experiência e talento.
Uma verdadeira baguete não contém açúcar, manteiga ou leite. O seu sabor e aroma nascem da fermentação lenta, da farinha de alta qualidade e da cozedura adequada. Os pasteleiros franceses utilizam farinha T65 — um teor moderado de glúten, ideal para uma crosta crocante.
A chave para o sucesso é uma fermentação longa. A massa é misturada à noite e refrigerada durante a noite. Isto desenvolve um sabor complexo, melhora a textura e torna o pão mais digerível. As receitas rápidas não conseguem os mesmos resultados.
Moldar uma baguete é uma habilidade em si. A massa não é sovada, mas sim dobrada e enrolada para reter as bolhas de ar. Em seguida, é enrolada num “pão” comprido com pontas pontiagudas para garantir uma cozedura uniforme.
Antes de cozer, as baguetes são colocadas sobre um pano de linho (almofada) para evitar que se agarrem e, de seguida, recebem cortes em ângulo (grinhão). Estes cortes não servem apenas como decoração, mas também controlam a abertura da crosta no forno, evitando a quebra.
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O ramen não é apenas massa em caldo. É uma filosofia completa, que combina tradições seculares, características regionais e mestria culinária. Existem dezenas de estilos de ramen no Japão, cada um refletindo o carácter da região e as preferências dos seus habitantes.
A base do ramen é o caldo, que é cozinhado em lume brando durante 6 a 24 horas. Os tipos mais famosos são o tonkotsu (caldo rico de osso de porco), o shioya (caldo claro de frango ou peixe com molho de soja), o miso (grosso, com pasta fermentada) e o shoyo (leve, feito com frango e algas).
O macarrão ramen é um macarrão de trigo especial com a adição de um álcali (kansui), que lhe confere elasticidade e uma tonalidade amarelada característica. A textura do macarrão varia de fina e macia a espessa e firme, dependendo do estilo do prato.
Os ingredientes (aditivos) tornam o ramen único. Ingredientes essenciais: chashu (ovo marinado), chashu (carne de porco cozida em lume brando), nori (alga seca), cebolinho, rebentos de bambu e milho (estilo Sapporo). Cada ingrediente é adicionado no momento certo para preservar a textura e o sabor.
Os chefs profissionais acreditam que o caldo é a alma do ramen. Para o tonkotsu, os ossos de porco são cozinhados em lume brando até se tornarem uma emulsão branca como a neve. Para o shioya, as carcaças de frango e o atum fumado (katsubushi) criam um sabor umami claro, mas rico.
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A massa à carbonara é um dos pratos mais famosos da cozinha romana, adorado mundialmente pela sua simplicidade, sabor rico e textura incrível. Apesar da sua aparente simplicidade, preparar uma verdadeira Carbonara é uma forma de arte que exige respeito pela tradição e atenção ao detalhe.
A Carbonara autêntica nunca contém creme. Este é um equívoco comum, especialmente fora de Itália. A textura cremosa do molho é criada por uma emulsão de gemas de ovo, parmesão (ou pecorino romano), massa quente e gordura de guanciale – bochecha de porco curada italiana. O creme apenas obscurece o sabor e perturba o equilíbrio.
O ingrediente principal é o guanciale. Se não tiver, pode substituí-lo por pancetta, mas nunca por bacon: é muito fumado e salgado, o que distorce o sabor autêntico. O guanciale é frito até ficar crocante, libertando uma gordura saborosa que se tornará a base do molho.
Os ovos são outro componente essencial. Utilizam-se apenas as gemas (por vezes, com um ovo inteiro para ligar), batidas com queijo ralado até obter uma mistura homogénea. Esta mistura é adicionada à massa quente, fora do lume, para evitar que as gemas talhem e criar um molho cremoso.
A massa é feita de trigo duro: esparguete, rigatoni ou tonnare. É importante cozinhá-la al dente — ligeiramente mal passada —, pois amolece no molho. Não descarte a água da cozedura da massa; adicione algumas colheres de sopa ao molho para ajustar a consistência.
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Os golfinhos estão entre os habitantes mais inteligentes e carismáticos do oceano. A sua ludicidade, sociabilidade e capacidade de comunicação complexa há muito que atraem a atenção de cientistas e entusiastas da natureza. Muitos investigadores acreditam que os golfinhos são comparáveis em inteligência aos primatas e até mesmo às crianças em idade pré-escolar.
Os golfinhos possuem um sistema de comunicação complexo que inclui assobios, cliques e ultrassons. Cada golfinho possui um “assobio de nome” único que utiliza para se apresentar, semelhante ao nome de um humano. Podem reconhecer-se por esses sinais mesmo anos depois.
Os golfinhos têm o maior cérebro de qualquer mamífero marinho em relação à sua massa corporal. O seu córtex cerebral é altamente convoluto, indicando um elevado nível de capacidade cognitiva. São capazes de autorreflexão, resolução de problemas e aprendizagem pelo exemplo.
Os golfinhos são criaturas sociais. Vivem em grupos (grupos) que podem ter de alguns a centenas de indivíduos. Formam-se fortes laços dentro do grupo: os golfinhos ajudam os feridos, protegem as suas crias e até cooperam durante a caça.
Utilizam a ecolocalização para navegar e encontrar presas. Ao emitirem cliques, “digitalizam” o ambiente e criam uma “imagem sonora” nítida dos objetos. Esta capacidade é tão precisa que os golfinhos conseguem distinguir entre materiais e até a estrutura interna dos objetos.
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Os lobos estão entre os animais mais romantizados e, ao mesmo tempo, mais incompreendidos. A sua imagem cultural oscila entre a “fera sanguinária” e o “líder sábio de matilha”. Na realidade, os lobos são predadores sociais, cautelosos e extremamente importantes para o ecossistema.
Uma alcateia de lobos é uma família, não uma estrutura hierárquica com um “alfa” e um “ómega”, como há muito se acreditava. Na realidade, a alcateia é liderada pelos progenitores, e os restantes membros são seus descendentes de diferentes gerações. O termo “alfa” surgiu a partir de observações de lobos em cativeiro, onde indivíduos desconhecidos eram forçados a competir por estatuto.
Os lobos têm um sistema de comunicação complexo: sinais visuais, postura corporal, marcas de cheiro e, claro, uivos. O uivo é utilizado para reunir a matilha, marcar limites territoriais e fortalecer os laços sociais. Cada matilha tem o seu próprio “sotaque”.
Os lobos são caçadores resistentes. Podem correr até 70 km por dia em busca de presas e atingir velocidades de até 60 km/h em curtas distâncias. Caçam em equipas, utilizando táticas de “condução e condução” para esgotar as suas presas. Os animais doentes ou idosos são os mais frequentemente predados, o que fortalece as populações de ungulados.
Os lobos desempenham um papel fundamental na manutenção do equilíbrio do ecossistema. Por exemplo, após o regresso dos lobos ao Parque Nacional de Yellowstone (EUA) em 1995, ocorreram alterações em cascata: o número de veados diminuiu, as florestas recuperaram e os castores e as aves regressaram. Este fenómeno foi chamado de “cascata tropical”.
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As abelhas estão entre os insetos mais importantes da Terra. Sem a sua polinização, 75% das plantações agrícolas e 90% das plantas silvestres com flor não se reproduziriam. O seu papel na manutenção da biodiversidade e da segurança alimentar é inestimável.
O mel é apenas um subproduto das atividades das abelhas. Na verdade, produzem-no para o seu próprio abastecimento alimentar no inverno. Para recolher 1 kg de mel, as abelhas têm de visitar aproximadamente 10 milhões de flores e voar uma distância equivalente a três voltas ao mundo.
As abelhas comunicam através de uma “dança” — um comportamento único em que uma fêmea batedora transmite informações às outras abelhas sobre a direção e a distância de uma fonte de néctar. Esta dança foi decifrada pelo cientista austríaco Karl von Frisch, que recebeu o Prémio Nobel pelo seu trabalho.
A colmeia tem uma estrutura social rígida: uma rainha, zangões e abelhas obreiras. A rainha põe ovos (até 2000 por dia), os zangões fertilizam-na e as obreiras (todas fêmeas) desempenham todas as outras funções: recolher o néctar, cuidar das larvas, construir favos e proteger a colmeia.
As abelhas têm cinco olhos: dois grandes olhos compostos e três simples na testa. Vêem luz ultravioleta, o que lhes permite detetar “rastos de néctar” nas flores — padrões invisíveis para os humanos que conduzem ao néctar.
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Os elefantes são os maiores animais terrestres do planeta, mas o seu tamanho impressionante esconde uma natureza notavelmente sensível e social. Estes animais possuem um elevado nível de inteligência, um complexo sistema de comunicação e até demonstram empatia, pesar e altruísmo.
O conhecido mito da “memória dos elefantes” tem uma base científica. Os elefantes têm realmente memórias fenomenais, permitindo-lhes recordar fontes de água, rotas de migração e até indivíduos individuais décadas mais tarde. Isto é especialmente importante durante as secas, quando o conhecimento das fêmeas mais velhas pode salvar toda a manada.
A sociedade dos elefantes é matriarcal: os grupos são liderados pelas fêmeas mais velhas e experientes. Tomam decisões sobre a movimentação, proteção e criação das crias. Os machos jovens abandonam a manada na adolescência e vivem sozinhos ou formam grupos temporários de “solteiros”. Os elefantes comunicam utilizando frequências infrassónicas, inaudíveis ao ouvido humano. Estes sons podem percorrer dezenas de quilómetros, permitindo que as manadas coordenem as suas ações mesmo a longas distâncias. Também sentem vibrações no solo através das almofadas das patas.
Os elefantes são um dos poucos animais que se conseguem reconhecer ao espelho, o que indica autoconsciência. Também se envolvem em rituais de luto: visitam os locais onde os seus familiares morreram, tocam nos ossos com as trombas e até “enterram” os cadáveres com ramos e terra.
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